quinta-feira, outubro 25, 2007

Cuidados físicos na dança do ventre

É muito comum depois de algumas aulas de dança do ventre as alunas reclamarem de dores nas costas. Estas dores ocorrem geralmente por dois motivos: O primeiro motivo é a falta de atividade física, com o início das aulas de dança a musculatura das costas, pernas, braços e abdome, desacostumados com exercícios, tendem a sofrer um pouco, causando desconforto que passa à medida que a musculatura vai se tornando mais flexível e fortalecida.O segundo motivo é má postura quando a aluna executa os movimentos, sem se preocupar com a posição correta do seu corpo, que geralmente ocorre na ansiedade de dançar.Ao iniciar a dança do ventre deve-se tomar alguns cuidados quanto a posição dos pés, quadril, joelhos e das costas, como também dar muita atenção a respiração.
Os pés
A princípio os pés devem estar paralelos (com exceção de passos em que há exigência de sua movimentação de forma perpendicular), a distância entre eles deve ser a largura do quadril e totalmente apoiados no chão, com o passar do tempo, quando os movimentos já estiverem gravados na memória corporal, os pés poderão estar em meia ponta, para que os movimentos se tornem mais leves.
Os joelhos
Estes devem estar voltados para frente e relaxados, desta forma a patela (osso arredondado localizado na articulação do joelho) não é agredida, poupando a articulação do esforço e deixando a pelve mais "solta".
O quadril
As brasileiras possuem em gingado natural em que o quadril é projetado para trás. Na dança do ventre como também na maioria dos esportes é imprescindível que ele esteja sempre encaixado, ou seja, descer o cóccix (osso localizado no final da coluna vertebral) e levantar o púbis (eminência triangular na parte inferior do abdome) os movimentos serão melhores observados.

Coluna vertebral

Imagine que você é uma marionete e um fio te puxa pelo alto da cabeça, desta forma, seu corpo será obrigado a ficar ereto, a coluna alinhada com a cabeça e os pés, ombros relaxados, queixo apontando a linha do horizonte, abdome contraído, assim as articulações serão poupadas, evitando lesões futuras.
Respiração
É muito importante prestar atenção em sua respiração, que deve ser a mais tranqüila possível, sendo necessária a utilização da respiração abdominal, que é natural nos recém - nascidos e na prática do yôga. Esta respiração consiste em inspirar relaxando o abdome, assim ocorre a sensação deste se encher de ar como se fosse uma bexiga, e soltar o ar contraindo o abdome esvaziando-o. A melhor forma de exemplificar esta respiração é comparando-a a um fole que expande ao sugar o ar e reduz ao expeli - lo.
Conclusões
A dança do ventre deve ser praticada com muita calma e seriedade, para que se possa desfrutar ao máximo de seus benefícios.Parece ser muito difícil pensar em todas essas informações e ainda dançar, mas desta maneira o corpo entra em forma com prazer e alegria, sem precisar de "malhação" pois com todos esses cuidados ocorre um aumento da capacidade aeróbica, fortalecimento e maior flexibilidade dos músculos, proporcionando um bem-estar geral. Além destes benefícios físicos a dança do ventre faz com que todas as mulheres resgatem sua feminilidade e delicadeza, reconhecendo e aceitando a si mesma, deixando de lado a cobrança de possuir um corpo parecido com o das modelos e atrizes que fazem parte de uma minoria, sendo que, mesmo estas mulheres que possuem corpos ditos "perfeitos" sofrem para mantê-los. Ao se aceitar a mulher percebe que o importante é possuir um corpo saudável, flexível, suave e dançante.A beleza da mulher nasce da capacidade que ela possui de sentir e proporcionar prazer às pessoas que ama.
(Retirado do multiply de Kelly Lacerda por LIVIA)

quarta-feira, outubro 24, 2007

Estudo do emocional na dança do ventre

Segue aqui uma parte de um Artigo escrito pela bailarina Shadiyah. As dicas são de grande importância no complemento dos estudos da dança do ventre. “Distrações, distrações...Uma mente ocupada pode nos retirar o prazer de dançar. É necessário encontrar uma forma de esvaziar a nossa mente de todas as distrações, deixarmo-nos transportar para um mundo onde existo apenas eu, a minha musica e a minha resposta a ela. Libertar o espírito, deixar os pensamentos nem que seja por breves instantes...Cada dançarina tem a sua forma particular de o fazer, mas encontrei um método que funciona para algumas pessoas.•Selecionar uma música que nos chegue ao coração, que conseguirá transportar a nossa imaginação para um mundo de alegria, paixão, etc.•Ouvir a música vezes sem conta, até a decorar tão corretamente que poderemos ouvi-la na nossa cabeça mesmo quando esta já não está a tocar.•Enquanto ouvimos essa música, permitir a nós mesmas sentir uma resposta emocional às melodias. Por vezes ajuda obter uma tradução das letras, se esta não for apenas instrumental. Estar atenta a que tipo de emoções essa música desperta em nós. Prazer? Êxtase espiritual? Introspecção? Tristeza?...•Agora dançar a música na privacidade do lar (ou outro sitio qualquer, desde que estejamos sós), e tentar alcançar a emoção que nos é provocada. Não serão necessários "sorrisos amarelos" ou choros histéricos! Apenas tentar encontrar no íntimo do nosso ser, uma resposta emocional.•Não se preocupem em repetir o mesmo movimento vezes sem conta ou se a junção do "shimmy" com o "circulo da Lua" foi feito com precisão. Dançem com o coração, não com a mente.Continuar a praticar esta "dança como resposta emocional" de forma regular na prática caseira de dança. No entanto, há que praticar separadamente a "dança como precisão técnica". De inicio, nao tentem juntar as duas. Temos de ter experiencia suficiente com ambas, para nos sentirmos a vontade com cada ponto de vista no que diz respeito a dança. •Finalmente, ter-se-à experiência suficiente com ambas a ponto de as juntar com sucesso. Saberemos que é a altura indicada quando deixamos as nossas emoções (respostas) tocar a música com confiança.Aqui estão representadas várias emoções que tentaremos alcançar enquanto dançamos:
ALEGRIA
Pensamentos de: "Isto é mesmo divertido!", "Estou apaixonada e quero que o mundo inteiro saiba!" ou "Eu amo esta música!", enquanto dançamos uma melodia alegre e divertida.
REFLEXÃO ENTRISTECIDA
Pensamentos de: "Tenho saudades daqueles tempos felizes em que estava apaixonada mas seguirei em frente", que é o ideal para trabalhos de véu ou ondulações enquanto dançamos uma música triste.
INTROSPECÇÃO SONHADORA
Pensamentos de "Vou-te deixar olhar para mim e envolver-te na minha fantasia" (nada de pensamentos sado-masoquistas aqui por favor!), o que é perfeito para trabalho de véu e ondulações.
FORÇA E PODER
Como uma princesa guerreira (sim, pensem na Xena ou assim) - pensamentos de "Sou uma mulher, ouve-me rugir!" ou "Tenho uma arma e não tenho medo de usá-la!" são perfeitos para uso de espada ou bastão.
PROVOCANTE
Em tom de Brincadeira - pensamentos de: Aposto como não consegues fazer isto! ou Eu faço melhor que tu...” (Extraído do artigo "Expressividade na Dança" de 05 de Junho de 2007, escrito pela bailarina Shadiyah)